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Compensação das emissões de carbono da aviação não é solução para mudanças climáticas

compensação das emissões
Foto: Kaotaru
Escrito por Ana Duék

Compensações e todos os outros planos já existentes para controlar as emissões de carbono pelas companhias aéreas não são suficientes para resolver os impactos no aquecimento global, garante a operadora de turismo sustentável Responsible Travel, que acaba de lançar um manifesto pelo futuro do turismo (The Fork in the Road: A manifesto for the future of tourism). O primeiro capítulo fala sobre Aviação e Mudanças Climáticas.

De acordo com o CEO da Responsible Travel, Justin Francis, a indústria da aviação precisa realmente se comprometer e fazer mais, se quer reduzir seu impacto negativo. “O setor de aviação é um dos maiores contribuintes de emissões de gases de efeito estufa. A Ryanair é hoje uma das 10 principais empresas poluidoras de carbono na Europa. Se fosse um país, a aviação seria o 7º maior emissor de CO2 do mundo, logo atrás da Alemanha”, afirma o executivo. Junto com o Manifesto, a Responsible Travel propõe um novo (tratado de voos verde), baseado em uma versão revisada do atual Air Passenger Duty (APD) em vigência no Reino Unido.

“A solução para a aviação e as mudanças climáticas deve ter o apoio do governo nacional, mas até agora vimos pouco sendo feito para lidar com isso”, disse Justin Francis. “A compensação das emissões de carbono nunca resolverá a verdadeira questão que enfrentamos – precisamos de reduções radicais nas emissões a uma velocidade sem precedentes. Não nos próximos anos, mas nos próximos meses. É hora de exigir ação! Encorajamos todos a escreverem para os políticos locais, pedindo uma ação urgente sobre a contribuição da aviação para as mudanças climáticas”.  De acordo com a empresa, a compensação das emissões de carbono traz uma abordagem completamente errada do futuro do turismo e da crise climática porque não impedem o crescimento ilimitado de tecnologia antiga e altamente poluente.

 

compensação das emissões

Foto: Responsible Travel

Se nada for feito, a International Civil Aviation Organization (ICAO) estima que as emissões devem aumentar em 300% até 2050. O Manifesto lembra que, diferentemente do petróleo para automóveis, o combustível para aviões não é taxado na maioria dos países, facilitando com que as passagens fiquem cada vez mais baratas. Embora no Reino Unido haja uma taxa estabelecida pelo APD, ela não é limitada para uso ambiental.

No novo Green Fly Duty a Responsible Travel propõe:

. Aumento da taxa do Air Passenger Duty (APD) no Reino Unido;

. Renomear o Air Passenger Duty (APD) para Green Fly Duty para deixar claro que é uma taxa ambiental;

. Garantir que o aumento do APD seja suficiente para reduzir a demanda da aviação até que seja possível fornecer aviões elétricos;

. Incentivar os governos nacionais a implementarem o Green Flying Duty globalmente. Alguns já têm esquemas similares, como por exemplo, o Norwegian Air Passenger Tax e o German Aviation Tax.

Veja mais em: https://www.responsibletravel.com/copy/manifesto

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Sobre o Autor

Ana Duék

Jornalista de viagens com Mestrado em Gestão de Turismo e Hospitalidade pela Middlesex University (Londres). Desde 2015 defendendo um turismo mais consciente. Acredito que as viagens podem gerar mais impactos positivos para viajantes e para os destinos que nos recebem. Vamos descobrir como?