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Roteiro de viagem pela Colômbia: conheça os principais pontos turísticos

roteiro de viagem Colômbia
Casinhas coloridas de Pijao | Foto: Renata Ferreira
Escrito por Renata Ferreira

A Colômbia me surpreendeu positivamente em muitos sentidos. Apesar de sempre aparecer nas mídias como um país quente e tropical, no seu roteiro de viagem pela Colômbia, você poderá se impressionar com suas regiões altas e frias, como Bogotá. Há uma infinidade de paisagens e culturas para descobrir. Estive três meses na Colômbia e, para conhecer o país, optei por viagem de carro e de ônibus. Além de ter uma pegada ecológica menor do que o avião, viajar nesses transportes permite que você conheça detalhes que só a estrada pode mostrar.

Veja como alugar carro na Colômbia e outras dicas em
Viajar para a Colômbia: o que você precisa saber antes de ir

Abaixo, divido com você meu roteiro de viagem pela Colômbia, que está na ordem dos destinos que acredito serem mais bacanas de se fazer dirigindo, com a única exceção de Cali, cidade que visitei depois de devolver o carro alugado, chegando lá de ônibus.

O que fazer em Bogotá

Sem dúvida alguma, meu estilo preferido de destino é na natureza. Então é de se estranhar completamente que um dos meus lugares preferidos no meu roteiro de viagem pela Colômbia tenha sido Bogotá! E por que isso aconteceu? A cidade é cercada por montanhas, tem inúmeros parques, transporte público acessível e o pôr do sol mais bonito que vi no país.

Ande de bicicleta em Bogotá
Roteiro de viagem pela Colômbia

Avenida fechada para ciclistas no domingo | Foto: Renata Ferreira

7% do deslocamento da cidade é feito por bicicleta e, durante a pandemia do Covid-19, a prefeita, Claudia López, aumentou as faixas de ciclovia para incentivar a mobilidade ao ar livre. Durante os domingos e feriados várias ruas principais ficam fechadas, possibilitando que você circule por grande parte da cidade. 

Atenção: evite passar por baixo dos túneis nas ciclovias se você estiver sozinha, pois são lugares onde podem ocorrer assaltos.
Visite os parques públicos de Bogotá

Visite os parques da cidade, como o Parque Central Simón Bolivar, os jardins da Biblioteca Virgilio Barco, ou estique um pouco para o Parque Nacional Natural de Sumapaz.

Biblioteca Virgilio Barco

Fonte da Biblioteca Virgilio Barco, em Bogotá | Foto: Renata Ferreira

Vá ao Cerro de Monserrate

Esse é um destino bem turístico de Bogotá e sua entrada pode ser feita através do teleférico, bondinho ou a pé. Eu subi e desci de bondinho e foi divertido! O valor das entradas variam de acordo com o dia da semana e como você subirá e descerá de Monserrate. Há a possibilidade, por exemplo, de subir a pé e descer de teleférico. Quem vai à pé não precisa pagar a entrada.

No alto do Cerro de Monserrate você terá uma vista incrível da cidade e do parque nacional, que está por trás das montanhas, além de poder visitar a igreja, que foi construída pelos espanhóis.

Monserrate

Cerro de Monserrate | Foto: Renata Ferreira

Caminhe no Centro Histórico e pela Candelária

O Centro Histórico de Bogotá concentra grandes museus, teatros, antigas construções, artesanatos e comidas locais. Um dia pode ser pouco para conhecer tudo por ali. Recomendo começar pela Plaza de Bolívar, onde estão os antigos prédios dos grandes poderes, como o Palácio da Justiça, Congresso Nacional, Catedral, entre outros. Na praça você também encontrará muita comida local, artesanatos e todo tipo de atração típica para turistas.

A partir daí você pode ir até o Museu do Ouro ou começar a subir a Candelária, um bairro no centro com muita história, como a janela em que Simón Bolívar fugiu dos espanhóis, e frases de Pola, uma importante figura feminina para a independência da Colômbia. 

Me apaixonei pela Candelária e o Centro Histórico. Esse bairro vibra cultura, tem ótimos restaurantes, comida de rua, artistas e, para completar, um incrível pôr do sol. Aproveite para experimentar as chichas – bebida de fermentação de milho – que são vendidas nas ruas estreitas da Candelária.

Praça Simón Bolivar | Foto: Renata Ferreira

O que fazer à noite em Bogotá
Teatro Colon

Teatro Colon | Foto: Renata Ferreira

Nas noites de Bogotá, gostei muito de ir para a Candelária. Nas vezes que fui aproveitei para ir no final do dia, curtir um pouco a tarde e o início da noite nos bares e na rua com apresentações musicais. Uma boa pedida ali no centro histórico é ir no Teatro Colon, construído entre 1885 a 1895.

Existe também um restaurante bem interessante e super escondido, o Madre, localizado dentro uma galeria e com lojas que ficam fechadas à noite. Quando você entra, é surpreendido com um grande, lindo e moderno restaurante no fundo da galeria. A comida é deliciosa e o atendimento excelente.

Chapinero e restaurantes veganos em Bogotá

Chapinero é um pequeno bairro alternativo. Em minha ida até o país o movimento estava tranquilo devido à pandemia, mas fiquei sabendo que ali costuma ser uma região agitada. 

Chapinero é um bairro perfeito para os veganos, que encontrarão várias opções de pequenos restaurantes por ali. Um destaque especial para a padaria Los Robles, que tem pães, empanadas e comidas típicas deliciosas, como o melhor tamal que comi na viagem! 

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Tamale é um prato típico colombiano feito de massa de batata | Foto: Renata Ferreira

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Eje Cafetero

Essa é uma região produtora de café. Os departamentos (equivalente a estados no Brasil) que contemplam essa região são: Quindío, Risaralda e Caldas. A região é linda, tem um cultivo de café delicioso e é cheia de pequenas cidades com construções históricas e praças onde a comunidade e turistas se reúnem aos finais de semana. Nós acabamos não visitando nenhuma produção de café pelo tempo que tínhamos, mas na região existem várias agências que fazem roteiros para conhecer os cultivos.

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Paisagem típica do Eje Cafetero | Foto: Fernanda Fierro

Pereira – Risaralda

Essa cidade é conhecida por seus termais. O mais conhecido e também o mais turístico é o Termales Santa Rosa. Não cheguei a ir nele, mas pela descrição de outros viajantes já percebi que não iria gostar muito, já que suas estruturas são mais artificiais. Com essa informação, partimos para o Termal San Vicente

Termal San Vicente

Termal de Burbuja no Termal San Vicente | Foto: Renata Ferreira

Esse dia foi interessante, pois, já era noite, a viagem foi pesada e queríamos aproveitar as últimas horas do dia para descansar antes de seguir viagem para Quindío. Pegamos muita chuva na estrada de terra, mas persistimos e, chegando nos termais, encontramos o tempo limpo e delicioso. No caminho, encontramos uma pequena pousada, La Finca Veranera, com um casal bem atencioso e uma acomodação confortável. Mas, se você preferir, pode se hospedar no próprio Termal San Vicente e estender sua estadia ali.

Valeu super à pena essa aventura, muito mesmo. O lugar é lindo, a água é bem quentinha. Recomendo a piscina Termal de Burbuja, que é bem natural e tem bolinhas quentes que saem do solo. Dica: ali é o lugar mais quentinho da piscina. E tome cuidado na Zona Húmeda Principal, tem uma jacuzzi, a menor de todas, que é extremamente quente e queima!

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Quindío

Depois dos termais seguimos para Quindío e ali fizemos um tour de 6 cidades da região em 2 dias. As estradas são deliciosas e vale o passeio entre uma cidade e outra. Deixo aqui as duas que mais gostei:

Salento
Salento

Praça principal de Salento e os famosos jeeps | Foto: Renata Ferreira

Essa é uma cidade bem turística e interessante. Sua praça é bem charmosa, com lojas e barraquinhas de artesanato e comida local. Ela fica no alto e a vista é linda. Ali você encontra um mirante para apreciar a bela paisagem. 

A praça central é o lugar que você pode ver os Jeeps Willys, que são super conhecidos na região, tanto por transportar café e pessoas, quanto pelas exibições de manobras com o carro.

Roteiro de viagem pela Colômbia

Degustando a forcha no Valle de Cocora | Foto: Renata Ferreira

Estique para o Valle de Cocora, uma parada obrigatória. Esse é um espaço de maior contato com a natureza, onde você pode ver as famosas palmas de cera, árvore que é um símbolo da Colômbia e hoje corre risco de extinção. A região é linda, e você pode fazer trilhas, apreciar a paisagem e aproveitar para experimentar a deliciosa forcha, um fermentado doce de trigo.

Pijao
Roteiro de viagem pela Colômbia

Casinhas coloridas de Pijao | Foto: Renata Ferreira

Essa é uma opção mais simples e até fora da zona turística mais popular, e é nesta característica que está o seu charme. Pijao é pequeno e frequentado por pessoas locais. Você pode ver muitos colombianos passeando e também a rotina de um vilarejo, com os típicos bares (eles jogam muita sinuca), os restaurantes familiares, as comidas de rua. Aproveite e tome um café no Café Luqman.

Aracataca, a cidade do famoso escritor Gabriel Garcia Marques

Ao sairmos do Quindio seguimos viagem para Palomino, o que deu 21 horas de estrada. No meio do caminho, paramos para descansar em Aguachica, a cidade que tem mais opções de hotéis – grande parte deles bem parecidos com os motéis brasileiros. No dia seguinte paramos em Aracataca, cidade do escritor Gabriel Garcia Marques, que escreveu o famoso livro Cem Anos de Solidão.

casa de Gabriel Garcia Marques

Partes da casa de Gabriel Garcia Marques com letreiros contando sua história | Foto: Renata Ferreira

Dizem que a história de Cem Anos de Solidão, que se passa na cidade fictícia Macondo, é totalmente inspirada em Aracataca. No local você encontrará a casa dos avós de Gabriel, que foi transformada em um museu, contando sua história e contextualizando os cenários de seus livros. Depois dessa visita você pode continuar a viagem.

Palomino
praia de Palomino

Caminhando pela praia de Palomino | Foto: Renata Ferreira

Palomino é um pequeno vilarejo na costa colombiana. Nossa intenção em ir até lá era fazer a trilha para a Cidade Perdida, que dura 4 dias e dizem ser maravilhosa, porém, não tivemos tempo de fazê-la e o jeito foi ficar pela cidade. Por ali 2 dias são suficientes.

O vilarejo tem hotéis ecológicos interessantes, rolam muitos retiros de yoga e um público alternativo que se mistura com a população humilde da região. Na rua principal, Carrera 6, você encontrará bons restaurantes, lojas e agências para fazer os passeios locais.

Conheça o restaurante super sustentável, Suá, que tem um trabalho lindo de cozinha consciente, trabalhando com os agricultores locais, compostagem, produção própria de kombucha e outras iniciativas.

Infelizmente, muitos hotéis e construções foram feitos próximos ao mar, que agora está tomando conta da faixa de areia e dificultando a passagem por ali. Isso acaba produzindo uma paisagem não muito agradável, com cimento e pneus gigantes tentando conter a água, e nos serve como alerta para as mudanças climáticas e impacto do turismo.

Relatados os poréns, compartilho agora dois passeios super legais para fazer em Palomino:

Conhecer o Rio San Salvador

A praia é abraçada por dois rios, o Palomino e o Rio San Salvador. Para chegar nessa segunda opção, ao entrar na praia você deve seguir para a direita. A caminhada é de quase 1 hora e é importante você ter atenção:

Alerta: perigo em Palomino, cuidado com os jacarés!

Mapa de Palomino com pontos importantes. Aí você pode ter uma ideia da localização da lagoa com jacarés

No mapa turístico de Palomino não está incluída uma lagoa que existe antes de chegar no Rio San Salvador. Essa lagoa tem jacarés. Eu entrei bem no comecinho, suspeitando que tinha algo errado por que não havia ninguém ali e logo passaram dois pescadores gritando “Chica, hay caimán!”. Depois de passado o perigo da lagoa, continue apreciando a linda paisagem e aproveite o rio que se encontra com o mar, produzindo um morrinho de areia que faz parecer que você está caminhando sobre a água.

Rio San Salvador

Encontro do mar com o Rio San Salvador em Palomino | Foto: Renata Ferreira

Descer de boia o Rio Palomino

Para esse passeio nós contratamos a agência Tour Aventura Palomino, que nos levou para conhecer uma aldeia indígena e depois descer o rio. Por obra do destino, a aldeia estava vazia naquele dia, pois seus integrantes tinham ido para uma reunião na cidade. Foi uma pequena aventura andar de moto, sem capacete (ali eles não usam), carregando a boia. Depois, durante a trilha, o simpático guia levou nossas boias e pudemos andar tranquilamente. O caminho é lindo e vale muito à pena.

Rio Palomino

Descendo o Rio Palomino de boia | Foto: Renata Ferreira

Para finalizar, descemos o rio com as 3 boias amarradas, já que havia chovido muito e ele estava bravo naquele dia. Foi um passeio muito tranquilo e relaxante, onde aprendemos sobre árvores, pássaros, histórias locais, iniciativas de sustentabilidade, etc.

Onde se hospedar em Palomino – Colômbia
hotel Palomino

A construção do hotel é feita principalmente de palha, bambu e adobe | Foto: Renata Ferreira

Nós ficamos hospedados no Kanta Sana, um hostel bem charmoso e de estrutura sustentável na Carrera 10 de Palomino, uma das ruas que dão acesso ao mar. Ele fica a uns 10 minutos de caminhada até a praia e é um pouco distante do Rio Palomino, que é onde ficam os principais restaurantes de praia. Para nós a localização dele foi um ponto positivo, porque acabou gerando um ambiente mais tranquilo. O hostel tem um preço bacana, estrutura com piscina, mesa de pebolim, pole dance, um café da manhã simples, mas gostoso, inclusive com opção vegana.

Parque Tayrona

O Parque Tayrona, em Santa Marta, é uma grande reserva que abriga uma incrível fauna e flora. Apesar de não ter comunidades indígenas vivendo nele agora, os povos nativos da região, das etnias Kankuamo, Kogui, Wiwa e Arhuaco, têm grande influência ali, inclusive dizendo as épocas em que o parque precisa fechar para restauração ambiental e limpeza energética.

O parque fecha três vezes ao ano, geralmente em datas fixas: 1 a 15 de fevereiro, 1 a 15 de junho e 19 de outubro a 2 de novembro. Recomendo confirmar as datas nos canais oficiais antes de marcar sua ida até lá.

É um passeio maravilhoso para quem quer fazer trilha, tomar um banho de mar ou rio e curtir a maravilha que é estar dentro de uma área de conservação.

Algumas pessoas optam por fazer a trilha usando os cavalos. O que vi ali foi um trajeto extremamente difícil para os animais e alguns cavalos se recusando caminhar, nitidamente cansados. Por isso, use os cavalos apenas em casos extremos, como alguma limitação física.
Parque Tayrona Colômbia

Encontro do rio com o mar no Cabo San Juan, dentro do Parque Tayrona | Foto: Renata Ferreira

Qual é a melhor praia do Parque Tayrona?

O Parque Tayrona é conhecido especialmente pelo Cabo San Juan, tanto por sua beleza, quanto pela facilidade de acesso, já que é por essa praia que os turistas podem chegar de barco, evitando a longa trilha. Apesar disso, existem praias lindas por ali e o Cabo San Juan acaba sempre ficando cheio.

Boca del Saco no Parque Tayrona

A minha praia preferida foi a Boca del Saco, que é logo depois do Cabo San Juan. Ali é mais isolado, o que faz com que muitos turistas usem ela como local de nudismo. Nós optamos por ficar de roupa de banho e aproveitar para descansar na orla da praia. Ela é perigosa para banho, por isso, é bom realmente ficar na beirinha. O que gostei ali foi a junção da vista linda, com a privacidade e as pedras que encontramos misturadas com a areia.

Como visitar o Parque Tayrona

Ingresso: para estrangeiros a entrada varia entre $54.500 e $64.500 pesos. O ingresso é comprado na hora e você precisa do seu passaporte para entrar. Veja as informações  atualizadas no site oficial: www.parquesnacionales.gov.co/portal/es/derechos-de-ingreso

Hospedagem: para conhecer o parque Tayrona você pode se hospedar dentro dele ou ficar em algum hotel fora e pagar toda vez que quiser entrar. A minha recomendação é que você fique dentro do parque e, se quiser visitar outra praia fora dele, pode sair e voltar. 

Nós ficamos hospedados no quarto triplo do Hotel Jasayma, que fica dentro do parque. Ele tem uma pegada ecológica, um ambiente simples e bonito, harmonizando com a natureza à sua volta. A estadia ali foi super gostosa, e é incrível ver como uma arquitetura bem feita pode integrar o quarto com a paisagem e dispensar uso de algumas tecnologias como o ar-condicionado, já que o vento entra e refresca naturalmente. 

Na esquerda vista de fora do hotel, nosso quarto estava na parte cima. Na direita foto da parte interna do quarto.

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Cartagena

Cartagena foi a segunda cidade colombiana invadida pelos espanhóis e se tornou um importante porto. Como resultado disso, é uma cidade com influências coloniais e também africanas. Vemos essa mistura caminhando nas ruas e passando pelas casas antigas de pinturas muito alegres e vibrantes, além da comida, apresentações artísticas e músicas da região.

roteiro de viagem pela Colômbia

Parte da Ciudad Amurallada | Foto: Renata Ferreira

Na cidade, optamos por passar apenas uma noite e ficamos hospedados do Hotel Villa Colonial, que tem uma ótima localização e, para a minha surpresa, algumas iniciativas sustentáveis interessantes, como o bebedouro para recarregar sua garrafinha e o aquecimento por luz solar.

Passear no Centro Histórico com um guia, conhecer a Ciudad Amurallada, visitar o Castillo San Felipe, circular pelo charmoso bairro de Getsemaní e tirar uma foto com as palenqueras – mulheres negras com cestos de frutas na cabeça, que representam a resistência do povo negro na região – são pontos obrigatórios em Cartagena.

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Chinú, o local para comprar artesanato tradicional da Colômbia

Optamos sair de Cartagena e ir até Medellín em uma rota longa onde passamos por Chinú. Esta pequena cidade é de onde vêm muitos artesanatos tradicionais da Colômbia, como o sombrero volteado – um chapéu feito de palha que, para guardar, enrolamos e colocamos em uma pequena bolsa. É só uma passagem, mas vale muito à pena para quem quer conhecer os indígenas que fazem os artesanatos, levar presentes com um preço mais bacana e ainda incentivar diretamente o trabalho deles.

Medellín

Medellín é um exemplo de cidade que está se transformando depois de muitos anos sofrendo com a guerra. É interessante ver algumas das iniciativas para recuperar e integrar a cidade. Uma delas são os bondes chamados de metrocable que ligam os bairros periféricos do centro, conectando-se com a rede de metrô. Andar em um desses teleféricos é interessante, especialmente naquele que te leva ao Parque Arvi.

Parque Arvy

Metrocable que liga a cidade ao Parque Arvy | Foto: Renata Ferreira

O Parque Arvi é uma área de preservação. Para chegar ali você pode ir pela estrada fazendo um trajeto um pouco mais longo, ou pegar o teleférico na estação de metrô Santo Domingo. O transporte foi uma alternativa de chegar no Parque Arvi sem desmatar para criar uma estrada.

O ingresso do parque é gratuito, porém, se você for de metrocable pagará o valor de $4.200 pesos para entrar no metrô e mais $10.000 pesos para fazer a baldeação para o parque. Separe um pouco de dinheiro caso queira fazer algum passeio guiado. Eles custam geralmente $30.000 pesos.

Em Medellín existe também o famoso Poblado, um bairro nobre e badalado, feito especialmente para turistas. Para mim pareceu um pouco uma mistura de Jardins e Vila Madalena em São Paulo, o que, dependendo do seu estilo, pode ser bom ou ruim. No Poblado você encontrará ruas coloridas, restaurantes variados e de cozinha internacional, barzinhos e boutiques.

San Luis

Saindo de Medellín e voltando para Bogotá de carro você percorrerá uma estrada cheia de belezas naturais e pontos turísticos interessantes. Cerca de 110 km depois de Medellín você encontrará San Luis.

San Luis é um pequeno povoado, muito tradicional e com cachoeiras já na sua entrada. Ali você está a cachoeira La Planta, que tem 16 metros de profundidade e é belíssima. Para chegar na La Planta você precisará descer generosos 400 degraus, mas te garanto que vale à pena! Aproveite a sua ida para comer nos restaurantes locais com um preço maravilhoso!

La Planta

No dia que visitamos La Planta estava chovendo e resultou nessa foto da esquerda. Deixei como referência a foto do Viajando con Ella (www.viajandoconella.com) de como é linda a La Planta sem chuva.

Rio Claro

Rio Claro é uma reserva natural e recebe o título de Patrimônio Natural da Colômbia. É um parque lindíssimo, impressionante pela cor do rio, flora, fauna e cavernas. Ali existem várias atividades, como o rafting, tirolesa, avistamento de aves, etc. Você pode fazer uma visita de um único dia ($25.000 pesos), ou se hospedar em algum dos hotéis dentro da reserva, onde o valor do ingresso já está incluído.

Cali

Cali, a capital da Salsa, uma cidade que faz juz à sua fama de ser um dos lugares mais alegres do país. Não deixe de incluir o destino no seu roteiro de viagem pela Colômbia. Em cali você encontrará forte expressão artística e musical.

Qual o melhor clube de salsa em Cali ?
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Clube de salsa La Topa Tolondra | Foto: Renata Ferreira

Nossa estadia ali foi curta e optamos por conhecer algum bar que fosse mais para os locais, ao invés daqueles que fazem apresentações artísticas para os turistas. A recomendação que recebemos foi o La Topa Tolondra, um bar tradicional e com dançarinos maravilhosos. Além de dançar, curti muito ficar sentada vendo a agilidade e ritmo dos colombianos.

Centro Histórico de Cali
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Iglesia Ermita no Centro Histórico de Cali | Foto: Renata Ferreira

O Centro Histórico de Cali é cheio de museus e igrejas. Valecaminhar por ali passando por lugares como o Museu Arqueológico La Merced, o Centro Cultural e, um pouquinho mais distante, a Iglesia Ermita. Se você estiver na Iglesia Ermita, outro passeio agradável é seguir subindo a rua do rio até a exibição a céu aberto, El Gato Del Río, uma obra do escultor Hernando Tejada, que resultou em uma série de esculturas de gatos de diferentes artistas. 

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Uma das gatas do El Gato del Río | Foto: Renata Ferreira

Bairro e colina San Antonio

Este é um lugar boêmio e artístico de Cali. No bairro San Antonio você encontrará galerias de arte e restaurantes deliciosos. Uma ótima atração é ir até a colina San Antonio, conhecer a igreja e aproveitar o movimento da praça, que tem coisinhas locais para comer e contação de histórias.

Espero que estas dicas de roteiro de viagem pela Colômbia tenham te inspirado a conhecer este lindo país. Se você busca dicas práticas sobre moeda, transporte, como ingressar na Colômbia, temos um artigo perfeito para você:

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Sobre o Autor

Renata Ferreira

Graduada em psicologia e pós-graduada em Negócios da Moda, direcionou suas formações para a sustentabilidade. Após conhecer algumas iniciativas no Brasil e na ânsia de descobrir novas, colocou o pé na estrada. Através de viagens e experiências sustentáveis, facilita o caminho da transformação pessoal necessária para uma vida mais integrada.

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