Mais de 550.000 animais silvestres em todo o mundo, incluindo elefantes, preguiças, tigres e golfinhos, suportam diariamente terríveis condições de crueldade com o único objetivo de entretenimento turístico. Uma recente pesquisa divulgada pela University of Surrey (Reino Unido) e a Proteção Animal Mundial, revelou que a grande maioria das associações e organizações voltadas para o turismo não têm feito nada para orientar empresas e associados com diretrizes em relação à exploração de animais silvestres.
A pesquisa, desenvolvida pelo professor de Marketing Sustentável da University of Surrey, Xavier Font, mostrou que entre 62 organizações de turismo no mundo, apenas 6 comunicam alguma informação sobre bem-estar animal em seus websites. Ainda assim, apenas 3 delas oferecem diretrizes ou critérios em relação à crueldade com animais silvestres. São elas o GSTC – Global Sustainable Tourism Council, a ABTA – Association of British Travel Agents, ANVR – Dutch Association of Travel Agents and Tour Operators.
Apenas uma associação de turismo (a ANVR) está fazendo o monitoramento de seus membros para verificar se implementam diretrizes ou não. De forma alarmante, 16 associações em seus sites e materiais promocionais destacam fotos de animais selvagens, em muitos casos sendo usados cruelmente para a interação com turistas.
A campanha “Animais. Não Entretenimento”, desenvolvida pela Proteção Animal Mundial, tem alcançado cada vez mais viajantes e 200 empresas líderes no setor já assinaram um compromisso para encerrar a venda de atividades de shows e passeios com elefantes. Mas ainda é pouco. A Proteção Animal está pedindo que as associações de turismo estabeleçam fortes diretrizes de bem-estar animal para seus membros e monitore-os para promover o turismo responsável com animais. E ainda que categorizem como inaceitáveis os passeios em elefantes e as outras interações diretas entre animais silvestres e turistas.
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