Em um cenário onde turismo, sustentabilidade e a regeneração do planeta caminham juntos, a Brazilian Luxury Travel Association (BLTA) e o Ibiti Projeto reuniram hoteleiros, operadores, jornalistas e parceiros para o 1º Fórum de Imersão Sustentabilidade, um Rito para a Hospitalidade. Entre os dias 20 e 23 de março, os participantes aproveitaram os espaços inspiradores do Ibiti, em Conceição do Ibitipoca, Minas Gerais, para refletir sobre as melhores práticas de ESG, sustentabilidade no turismo de luxo, responsabilidade e regeneração e como podem evoluir juntos para promover um turismo mais consciente e de impactos positivos para o Brasil e para o planeta.
O evento contou com falas de especialistas, exercícios em grupo, muitas trocas e uma imersão na hospitalidade e nas iniciativas de preservação ambiental e valorização sociocultural do Ibiti Projeto, que são referências no país. Abrindo o fórum aos pés das simbólicas estátuas feitas de sucata industrial da artista americana Karen Cusolito, a empreendedora do Engenho Lodge (que fica dentro do Ibiti), Claudia Baumgratz, agradeceu os participantes que aceitaram a proposta e estavam ali dispostos a avançar na pauta da sustentabilidade. “Já estamos querendo realizar esse encontro há algum tempo. Que bom que finalmente estamos aqui juntos para compartilhar nossas dores, conquistas e iniciativas dentro do ESG e inspirarmos uns aos outros”.
Simone Scorsato, CEO da BLTA, destacou que não é mais possível falarmos em hospitalidade e sobre o ato de receber pessoas, sem que estejamos imbuídos da proposta de melhorar o mundo: “Esse é um momento de evolução. Uma construção que não termina aqui. Um caminho sem volta”. À frente das palestras, Marting Frankenberg, pesquisador e sócio da Kaiara Amazônia, Mariana Madureira, turismóloga e sócia da Raízes Desenvolvimento Sustentável, João Bernardo Casali, empreendedor e consultor de impacto positivo para negócios, territórios e políticas públicas e sócio da Nativa, e Simon Heyes, diretor da Senderos UK, trouxeram para a reflexão temas relevantes como o turismo regenerativo, os desafios do ESG, ações climáticas, turismo de base comunitária, certificação e o turismo sustentável no cenário internacional.
Os hotéis e operadoras de turismo membros da BLTA tiveram a oportunidade de se reunir e trocar percepções sobre os desafios na implementação de práticas de sustentabilidade e também as conquistas e iniciativas já alcançadas. Entre as principais dificuldades foram citadas a falta de engajamento dos colaboradores, os desafios de promover a diversidade, equidade e inclusão diante da falta de mão-de-obra qualificada e as limitações e falta de informação transparente para se desenvolver uma cadeia de fornecedores responsáveis.
A bandeira da sustentabilidade vem sendo levantada pela BLTA há alguns anos e está entre os valores defendidos pela entidade. Em 2017, a associação criou um fundo de sustentabilidade voltado para o desenvolvimento do turismo sustentável no Refúgio Marinho de Alcatrazes. No ano seguinte, a BLTA lançou o 1º Prêmio Sustainable Vision Award para reconhecer e incentivar as melhores práticas entre as empresas que fazem parte da associação. De acordo com o Anuário BLTA 2022, 57% dos membros apoiam projetos socioambientais nas comunidades onde atuam e 93% estão trabalhando ativamente com a redução no uso de plásticos descartáveis.
Ao fim do evento, Simone Scorsato pediu aos membros da BLTA o comprometimento para que consigam avançar no sentido da sustentabilidade e regeneração com um compromisso conjunto. Sob a gestão da BLTA, o grupo se dispôs a criar um comitê, inserido na diretoria de sustentabilidade, que está sob o comando de Pedro Treacher, diretor de operações do Grupo Biophilia (pousadas Literária, Trijunção e Tutabel). O primeiro passo será fazer um grande inventário das iniciativas e práticas de sustentabilidade que as empresas já desenvolvem e podem servir como inspiração para outros.
viajei a convite do Ibiti Projeto e da BLTA
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