A Capacidade de Carga Turística (CCT) é um instrumento de controle de visitantes usado na gestão de áreas naturais. As discussões sobre o tema foram iniciadas nos anos 1960 por J. Alan Wagar, funcionário do Serviço de Parques dos Estados Unidos, que levantou o questionamento de qual seria o limite para a visitação ser realizada sem que a qualidade do ecossistema fosse comprometida.
Desde então, entre uma diversidade de métodos surgiu uma das mais conhecidas, que é a do Costa Riquenho Miguel Cifuentes. Este método considera as características físicas, biológicas e a capacidade de gestão da área. Suas fórmulas permitem que encontremos a Capacidade de Carga Física, Real e Efetiva.
Um dos aspectos utilizados no cálculo desta fórmula é a distância entre visitantes, que pode variar de 1 a 2m, a depender do tipo de atividade e do ambiente. Esse espaço é considerado para que o visitante possa se deslocar de maneira segura e evite aglomerações. Os cálculos também ajudam a delimitar a quantidade de pessoas no grupo a fim de que o condutor possa ter maior controle e para que não haja uma lotação.
Em uma pesquisa realizada em abril de 2020 (e atualizada em junho) por um Grupo de Estudo em Recreação ao Ar Livre e Gerenciamento de Parques da Universidade da Pennsylvania, obteve-se como resultado que os entusiastas de atividades ao ar livre apoiam medidas preventivas de saúde nos parques, incluindo limites de capacidade de carga para visitantes e distanciamento social estrito.
A pesquisa mostrou que os usuários de parques apoiam as ações da gestão dessas áreas a ter maior controle sobre o volume de visitantes em trilhas. Mais de 75% dos entrevistados concordou que os parques devem implementar limites na quantidade de pessoas que acessam as trilhas. Também foi levantado que 95% dos respondentes querem que os funcionários dos parques usem equipamento de proteção individual, incentivem os visitantes a usar máscaras e que o parque forneça instalações sanitárias seguras.
A implementação dos números resultantes da capacidade de carga nem sempre é bem vista, sobretudo em áreas onde a visitação ocorre sem controle. O que se observa é que no momento de retomada às visitas ela será uma tendência, uma forma de assegurar que além de um ambiente onde os impactos ambientais podem ser minimizados, as pessoas estarão mais seguras.
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