No último ano, diversos destinos no mundo viram o excesso de turismo mostrar seu lado negativo, causando revolta aos moradores locais. Um deles foi a cidade de Veneza, na Itália, que há anos vê seus visitantes se multiplicarem, tornando as pequenas ruas intransitáveis e os preços cada vez mais altos e causando danos ao patrimônio histórico e cultural. Para melhorar a situação, Veneza vem investindo em medidas como a proibição da abertura de novos restaurantes fast-food, para manter o charme histórico da cidade, e uma campanha de relações públicas que conscientiza os turistas sobre como se comportar na cidade.
A última decisão para combater o excesso de turismo vai além, e aborda um dos maiores problemas da ilha: os cruzeiros marítimos que atracam em plena Piazza San Marco. No último dia 7 de novembro, o ministro dos Transportes da Itália, Graziano Delrio, anunciou que grandes cruzeiros, com mais de 96,000 toneladas, estarão proibidos de entrar pelo canal Giudecca (que passa pela Praça San Marco) e serão obrigados a atracar em um novo porto de passageiros a ser construído na zona industrial de Marghera, na área continental de Veneza. Navios com menos de 96.000 toneladas, como por exemplo o The Norweigian Star, com 91.740 toneladas, que carrega 2.300 passageiros, continuarão podendo adentrar o centro histórico.
As autoridades locais estão espalhando as novas regras como um compromisso, mas ambientalistas e representantes do comitê Grandes Navios Não (No Grandi Navi) ainda estão céticos sobre a decisão.