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Valle de la Luna – o passeio que não pode faltar no Atacama

Valle de La Luna
Valle de La Luna | Foto: Viajar Verde
Escrito por Ana Duék

O Valle de la Luna é o passeio que a grande maioria das pessoas faz primeiro ao chegar no Deserto do Atacama, no Chile. É o mais indicado porque, além do baixo nível de dificuldade, ele está a apenas 15km de San Pedro de Atacama e ainda tem uma altitude relativamente baixa (2.250m) para quem acabou de chegar e precisa começar a se adaptar às alturas das Cordilheiras dos Andes que aparecem em alguns dos roteiros nos próximos dias.

Infelizmente (ou felizmente!), esse é um dos passeios mais lindos e surpreendentes que há por lá! As paisagens são tão surreais para nós brasileiros que dificilmente outros cenários do Atacama vão nos surpreender tanto quanto o Valle de la Luna. Mas calma, tem muita coisa linda por lá sim! É que o Valle de la Luna realmente ficou no meu Top 3 e talvez tivesse sido intesessante não desvendar a surpresa logo de cara. Ainda assim, é melhor seguir o script e aproveitar seu primeiro dia se acostumando às novas condições do deserto!

Valle de La Luna

Valle de La Luna | Foto: Viajar Verde

A maioria dos passeios para o Valle de la Luna sai às 16h (quando o sol está começando a deixar de castigar) e combina o roteiro com o lindo pôr-do-sol no Valle de Marte ou Valle de la Muerte. Fizemos o passeio com o hotel Alto Atacama, já que ele está incluído junto com vários outros passeios na diária do hotel. Com isso tivemos direito a muitos mimos e conforto. Uma das coisas bacanas é que os guias do Alto Atacama costumam escolher cantinhos especiais, onde não há muitas pessoas, para aproveitarmos melhor os passeios.

Valle de La Luna

Do Valle de La Luna é possível ver o vulcão Licancabur bem de longe | Foto: Viajar Verde

Sobre o Valle de la Luna

Um dos lugares mais famosos do Deserto do Atacama e explorado desde cedo, o Valle de la Luna é parte da Cordilheira de Domeyko. É um Santuário da natureza decretado em 1982 e está formado por rochas sedimentárias compostas por diversos minerais, como sal, argila, clorato e gesso que dão o famoso aspecto da superfície lunar.

O grande barato é explorar o Valle de la Luna a pé, também para que as fotos fiquem mais bonitas, claro. Nosso guia caminhou conosco por cerca de 15 minutos e depois perguntou se o grupo queria continuar ou voltar. Em unanimidade decidimos continuar e transformamos nossa caminhada em cerca de 1h30 ou 2h de nível médio – lembrando que fica um pouco mais difícil porque caminhamos sobre areia e já começamos a sentir um pouquinho a altura. Mas não chega a ser uma caminhada pesada, já que paramos sempre para água e fotos.

Valle de La Luna

Valle de La Luna | Foto: Viajar Verde

As paisagens vão mudando e surpreendendo a cada instante. É possível caminhar por lá horas e descobrir sempre novas e incríveis formações. Quem tiver interesse pode buscar por caminhadas mais pesadas, mountain biking e até sand board.

Valle de La Luna

Valle de La Luna | Foto: Viajar Verde

Valle de la Muerte

Em seguida partimos para o Valle de la Muerte ou, como muitos preferem chamar, o Valle de Marte. Não se sabe bem se o nome veio dos espanhóis, que jogavam seus inimigos, no vale; das pessoas que se perdiam no deserto e acabavam morrendo por lá; ou por causa de um cientista francês que, pela confusão da língua, acabou trocando o nome de “Marte” para “morte”.

A apenas 4km de San Pedro, o Valle de la Muerte tem uma vista privilegiada para o vulcão Licancabur, um dos cartões postais da região. Escurece tarde no Atacama e, mesmo no outubro, o sol não se põe antes das 19h30. Nossa van nos deixa em um ponto estratégico e, enquanto observamos o lindo pôr-do-sol e tiramos fotos, nosso guia e motorista do Alto Atacama armam uma deliciosa mesinha com queijos vinhos e outros quitutes!

Valle de la Muerte

Valle de la Muerte | Foto: Viajar Verde

Valle de la Muerte

Valle de la Muerte | Foto: Viajar Verde

Valle de la Muerte

Valle de la Muerte | Foto: Viajar Verde

O que levar para o Valle de la Luna:

. água
. protetor solar
. chapéu ou boné
. câmera fotográfica
. CLP 2.000 para entrada no parque (CLP 1.000 para crianças) (se você fizer com o Alto Atacama ou algum hotel all inclusive não precisará pagar a taxa de entrada)

Nível de dificuldade: fácil – médio

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Sobre o Autor

Ana Duék

Jornalista de viagens com Mestrado em Gestão de Turismo e Hospitalidade pela Middlesex University (Londres). Desde 2015 defendendo um turismo mais consciente. Acredito que as viagens podem gerar mais impactos positivos para viajantes e para os destinos que nos recebem. Vamos descobrir como?

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