As ruínas de Cobá, localizadas no estado de Quintana Roo, no México, dificilmente entram no roteiro de quem visita a Riviera Maia. Normalmente elas perdem espaço para a famosa cidadela de Chichen Itzá e para as ruínas de Tulum. Mas eu estive por lá e posso dizer que Cobá é páreo duro para os sítios arqueológicos mais famosos e, sem dúvidas, merece também uma visita.
Cobá tem algumas traduções diferentes, como ‘água abundante’, ‘água turva’ ou ainda ‘água agitada pelo vento’ em maia. Foi uma importante cidade, centro político e religioso entre os séculos 400 e 1100 e chegou a ter 50 mil habitantes. Cobá foi uma das mais relevantes metrópoles do mundo maia, até que Chichen Itzá, sua grande rival, ampliou seu território.
Localização
As ruínas de Cobá estão localizadas a 45 km do centro de Tulum e a 130 km de Cancún. Portanto, é um ótimo passeio para ser combinado com sua visita ao sítio arqueológico de Tulum. Você pode fazer a visita sozinho (há estacionamento pago no local e a entrada à zona arqueológica custa 70 pesos). Mas eu sempre acredito que com um guia o aproveitamento e as histórias que você irá ouvir são realmente muito mais interessantes. Fiz o passeio com a Alltournative (que durou um dia e foi combinado com Tulum e uma visita a uma comunidade maia) e recomendo muito. Você também pode contratar um guia na porta. Claro que sozinho e com mais tempo, você também poderá desfrutar a área, que hoje tem 6km2, com um outro ritmo.
Lá dentro, é possível circular a pé, de bicicleta ou em bicitáxi. Como as distâncias são muito grandes, recomendo alugar uma bicicleta ou um bicitáxi, que leva 2 pessoas e é conduzido por um guia. Nos dois casos há um número de horas pré-determinado. Como foi tudo acertado pela nossa guia, não lembro exatamente os preços.
Cobá já teve uma área de 70 a 80 km2 e uma rede de ‘caminhos brancos’ (sacbés em maia) que ficavam em meio à selva baixa que permeia toda a Península de Yucatán. Eles foram construídos para facilitar o comércio na cidade. Hoje, ainda é possível passar por parte dos mesmos caminhos criados pelos maias, enquanto nos deslocamos entre uma ruína e outra.
Roteiro pelas ruínas de Cobá
Minha sugestão é começar logo pelo Grupo Cobá de ruínas próximas à entrada do parque. Ali você pode ir a pé, antes de alugar sua bike. Neste grupo inicial de ruínas estão a Igreja, com 24 metros de altura, e o Jogo de Pelotas, uma estrutura que aparece em vários sítios arqueológicos maias e supõe-se que era uma prática desportiva e religiosa jogada somente por nobres de povos mesoamericanos.
Em seguida, logo do lado, é possível encontrar a concentração de bicicletas e bicitáxis e a bilheteria para pagar o aluguel. Escolha a sua opção e siga em direção à grande pirâmide de Nohoch Mul (Montículo Grande). Durante o caminho, você vai encontrar algumas ruínas. A opção de parar ou não é sua e tudo vai depender da sua disposição e do tempo disponível. Infelizmente eu não tinha muito tempo, então tive que ir direto à pirâmide, já que ela não pode faltar no roteiro.
Nohoch Mul é uma das maiores pirâmides de Yucatán, com 42 metros de altura e grandes 120 degraus. Ainda é uma das poucas em que se pode subir, então, se você tiver preparado, não deixe de fazê-lo! A vista lá de cima é estonteante – para um verde infinito, e merece uma foto. As pessoas sobem e descem com ajuda de uma corda e às vezes até sentando. Mas não se assuste. Com calma, dá para chegar lá!
Antes de voltar, não deixe de observar algumas das incríveis pedras, conhecidas como estelas, espalhadas pela zona. Elas contém escritas maias e relatos de eventos históricos que aconteceram na cidade de Cobá. Os maias foram os únicos indígenas mesoamericanos a terem desenvolvido um sistema escrito e isso ocorreu principalmente para que eles pudessem controlar o seu comércio.
Ruínas de Cobá
Abertura: diariamente, de 8h às 17h (última entrada às 16h30)
Valor: 70 pesos por pessoa
Facilidades no local: estacionamento; lojas com banheiro e bares no exterior
Quem leva: Alltournative – https://www.alltournative.com/
Mais informações: http://inah.gob.mx/es/zonas/515-zona-arqueologica-de-coba