Pode parecer utópico falar-se em paz em um mundo onde multiplicam-se os conflitos territoriais, raciais, políticos e religiosos diariamente. Não é o que acredita, porém, a operadora Mejdi Tours, quando leva viajantes para experiências interculturais e roteiros por Israel, onde eles têm a oportunidade de, no mesmo dia, visitar um mercado árabe e saborear uma deliciosa refeição judaica. Os tours normalmente contam com um guia judeu-israelense e um muçulmano-palestino, seguindo um modelo multinarrativa, no qual os participantes e turistas têm a chance de ouvir histórias com olhares diferentes.
Com a proposta de abordar as diferentes crenças, heranças e culturas para trazer aos visitantes e comunidades uma oportunidade para troca e entendimento mútuo, a Mejdi Tours acredita que o turismo, a comunicação e a cultura são três elementos essenciais para a resolução de conflitos. “Nossa missão é usar o turismo como uma ferramenta para a construção da paz. Acreditamos que o turismo deve contribuir para um mundo mais positivo e interligado. Nossos viajantes e as comunidades que visitamos nos dão grande esperança para o futuro”, acredita Haley Douglass, gerente financeira da Mejdi Tours.
Fundada em 2009 por um ex-consultor financeiro, um professor de resolução de conflitos e um profissional de turismo (dois judeus e um árabe), a Mejdi Tours nasceu com o propósito de mudar a cara do turismo, trazendo um modelo socialmente responsável, que beneficia tanto viajantes, quanto as comunidades visitadas. A Mejdi, termo árabe para “honra e respeito”, é uma empresa B Certificada e trabalha com políticas de proteção ao meio ambiente, salários justos e incentivo à cultura e economia locais.
Quando começou, a operadora oferecia somente roteiros por Israel com extensão para a Jordânia. Hoje eles já acontecem em diversos países, como Omã, Emirados Árabes, Egito, Espanha, Cuba, Irlanda do Norte, República da Irlanda e Turquia. Os roteiros podem ser personalizados de acordo com o interesse político, histórico ou religioso de cada viajante ou grupo e há itinerários exclusivos para cristãos, judeus, muçulmanos, interconfessionais, estudantes, organizações não governamentais e outros perfis. O desafio da operadora, de acordo com eles, é fazer com que os viajantes sintam-se em casa, conectando-os com moradores locais que compartilham os mesmo interesses, esperanças e sonhos.
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