Juntos pelo Clima com Viajero Responsable
Atualmente, 97% dos especialistas concordam que o aquecimento global é resultado de atividades praticadas pelo homem e advertem que o limite máximo de aumento de temperatura nos próximos anos não deve passar 2o C para que o planeta consiga sobreviver.
De 30 de novembro a 11 de dezembro, representantes de mais de 190 países estarão reunidos em Paris para a Conferência do Clima da ONU – COP21 com o objetivo de assinar um novo acordo mundial sobre as mudanças climáticas que substitua o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997. A principal meta proposta pela Conferência das Partes das Nações Unidas é a de manter o aquecimento global abaixo de 2o C por meio de compromissos assumidos individualmente por cada país.
A Comunidade Europeia planeja diminuir suas emissões de carbono em 40% até 2030. Os Estados Unidos se comprometeram a reduzir as emissões entre 26 e 28% até 2025. E a China, principal país emissor do mundo, se comprometeu, no ano passado, a alcançar um nível máximo de emissões até 2030.
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De acordo com especialistas do Climate Action Tracker (CAT), porém, os compromissos anunciados até o momento à ONU pelos países ainda são insuficientes para alcançar a meta de 2o C até 2030. O CAT, consórcio formado por quarto organizações de pesquisa internacionais, avaliou os compromissos e planos nacionais de 32 dos países que já oficializaram suas propostas para serem compiladas no pacto global de Paris e identificou que somente o Butão, Costa Rica, Marrocos e Etiópia têm propostas suficientes e adequadas para alcançar a meta.
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Kevin Anderson, professor de Energia e Mudanças Climáticas da University of Manchester, mostrou durante a abertura do World Responsible Tourism Day, no início de novembro na World Travel Market, em Londres que, se continuarmos seguindo o nível de emissões de carbono que temos hoje, não vamos alcançar a meta de 2o C. Teremos, em 2100, um aumento de 4o a 6o C na média mundial, e um mundo muito diferente para se viver. “Para mantermos a temperatura abaixo 2o C nós precisamos pensar em curto prazo e mudar radicalmente o que estamos fazendo. Temos que reduzir nossa demanda por energia. O fornecimento de energia também precisa ser trabalhado, mas ele acontece a longo prazo. Nós precisamos fazer mudanças imediatas”, alertou o professor.