Falhas no policiamento e falta de sinalização dos extintores de incêndio, dos hidrantes, equipamentos quebrados e sem conservação e banheiros sem higiene. Estes foram alguns dos problemas encontrados pela PROTESTE Associação de Consumidores na avaliação de seis pontos turísticos do Rio de Janeiro.
As condições de segurança deixaram a desejar nos pontos turísticos mais famosos da cidade: Corcovado, Pão de Açúcar, Jardim Botânico, Arcos da Lapa, Lagoa Rodrigo de Freitas e Aterro do Flamengo.
Diante dos resultados, com riscos ocultos encontrados, a Associação cobrou monitoramento e fiscalização do Corpo de Bombeiros, da Polícia, da Prefeitura e dos órgãos responsáveis pela administração desses pontos turísticos. O objetivo é que sejam sanadas as irregularidades o mais breve possível, evitando, assim, que acidentes graves aconteçam principalmente às vésperas de um grande evento, como os Jogos Olímpicos Rio 2016.
No Corcovado, no Pão de Açúcar e no Jardim Botânico há problemas na sinalização dos extintores de incêndio, dos hidrantes e de determinadas áreas restritas. Nos Arcos da Lapa foram encontrados botijões de gás e geradores de energia sendo utilizados pelo comércio noturno, contudo não foi localizado nenhum extintor de incêndio nas proximidades.
Em relação a riscos de acidentes, identificam-se os mais diversos. Os playgrounds, tanto do Jardim Botânico, quanto os da Lagoa e do Aterro do Flamengo têm brinquedos quebrados e enferrujados, colocando as crianças em risco. Um, inclusive, possui cogumelos nascendo no brinquedo.
As Academias de Terceira Idade, localizadas na Lagoa e no Aterro do Flamengo, também deixaram a desejar, pois, além de não haver profissional habilitado para fiscalizar a atividade, estão com equipamentos quebrados e enferrujados. No Jardim Botânico há uma área com muitos macacos sem nenhum tipo de sinalização indicando essa presença e nem sobre os riscos de alimentar esses animais.
No Aterro do Flamengo há desníveis, como bueiros, buracos e trincas, áreas de afunilamento de pista, pedras soltas e areias na ciclovia, o que aumenta as chances de acidentes noturnos ou mesmo com pessoas com baixa visão. Foram identificados também caules de árvores sem proteção, pedras soltas jogadas em cantos, lixo, meio-fio quebrado e galhos de árvores jogados, cercas de proteção quebradas, com pontas soltas, portões de acesso enferrujados e quebrados, chão de madeira com buracos, pregos semi-soltos e canaletas quebradas e soltas. Além disto, há moradores de rua próximos à área do Morro da Viúva, local com pouca iluminação, o que aumenta a sensação de insegurança.
Outras questões dizem respeito à higiene de banheiros, acessibilidade, infiltrações e outros tipos de riscos de circulação e infraestrutura.