Com atrativos que unem a adrenalina da aventura a uma natureza de tirar o fôlego, o município de Pirenópolis, em Goiás, convida cada vez mais visitantes para conhecê-lo.
O município foi fundado pelo minerador português Manoel Rodrigues Tomar com o nome de Minas de Nossa Senhora do Rosário Meia Ponte – as minas presentes na região foram descobertas pelo bandeirante Amaro Leite, porém entregues aos portugueses por Urbano Do Couto Menezes. A data da fundação, de acordo com a tradição local, é 7 de outubro de 1727. Entretanto não há documentos que comprovem esta informação, e muitos historiadores afirmam que a fundação ocorreu no ano de 1731.
No século 19 a cidade obteve destaque como o berço da música goiana, devido ao surgimento de grandes maestros, e também como berço da imprensa em Goiás, já que ali surgiu o primeiro jornal do centro-oeste, chamado Matutina Meiapontense.
Em 1890 a localidade teve seu nome modificado para Pirenópolis, que significa “A Cidade dos Pireneus”, devido à Serra dos Pireneus, que a circunda. A cidade ficou isolada durante grande parte do século XX e foi redescoberta da década de 1970, com a construção de Brasília, a nova capital do país. Hoje em dia é famosa pelo turismo e pela produção da Pedra de Pirenópolis, o quartzito.
Como chegar em Pirenópolis
Pirenópolis fica a 120km de Goiânia e a 150km de Brasília. Os meios de chegar à cidade são pela via terrestre, de carro:
. por Brasília: BR-070 / BR-414 / BR-225;
. por Goiânia: BR-060 / Anápolis;
. por Anápolis: BR-414 / GO-338 ou BR-153 / GO-431;
. por Goiás: BR-070 / BR-153 / GO-431;
. por Catalão: GO-330 / Anápolis.
Pela via terrestre, de ônibus, é recomendável que os passageiros telefonem para os guichês das empresas rodoviárias, para confirmação dos horários das viagens, na Rodoviária de Pirenópolis ((62) 3331-1248), ou no Terminal Rodoviário de Goiânia. Há a via rodoferroviária, pela Estação Rodoferroviária de Brasília.
Pela via aérea é recomendável o turista utilizar o Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubitschek; existe transporte coletivo urbano do aeroporto para rodoviária, das 6h30 às 23 horas e a saída é de 15 em 15 minutos. Ou o aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. A cidade de Pirenópolis possui um aeroporto em boas condições de uso, entretanto não existem voos comerciais no local.
O que fazer em Pirenópolis
Pirenópolis possui o charme de uma cidade de interior, oferecendo uma diversidade de atrações para os seus visitantes. Dentre estes, os atrativos naturais (as cachoeiras, a Serra dos Pireneus e a Cidade de Pedra) são os mais procurados e todos eles ficam fora da cidade, em propriedades particulares, estando de 3.5 a 40 km de distância. Elas cobram uma taxa de visitação, com valores de 15 a 45 reais. O ingresso pode ser adquirido diretamente na portaria do atrativo, ou na cidade, por agências de turismo que trabalham com pacotes de passeios.
Estando situada abaixo da Serra dos Pireneus a cidade é detentora de uma beleza natural deslumbrante. As formações rochosas da Serra são todas quartizíticas, proporcionando às suas águas uma coloração límpida de baixa salinidade em suas cachoeiras.
O Parque Estadual da Serra dos Pireneus está localizado a 20km da cidade, dentro do parque o Pico dos Pireneus, é o ponto mais alto da região. Suas formações de cuestas demarcam o bordo do Planalto Central Brasileiro. No seu cume está localizada uma capela pequena dedicada à Santíssima Trindade.
A Cidade de Pedra está localizada a 56 km de Pirenópolis, é considerada a maior do Brasil. Em 04 de outubro de 2005 o lugar foi decretado Monumento Natural Municipal, por causa de sua beleza, da importância de suas espécies endêmicas e suas formações rochosas em quartzito, que constituem labirintos, cânions e formações ruiniformes, com rochas que lembram animais e rostos. Para a realização desta visita é necessário o acompanhamento de um guia com experiência, pois o passeio tem dificuldade de média a alta, com 10 km de duração. Não há cachoeiras no local e a propriedade onde fica a Cidade de Pedra é particular.
Pirenópolis tem obtido notoriedade no turismo de aventura, pois a geografia da região favorece a prática da atividade, matas, rios, morros, e cachoeiras, arvorismo com tirolesas e rapel em árvores centenárias e cachoeiras, de até 50 metros, cavalgadas pelas serras, caminhadas curtas e longas, com mirantes belíssimos, condições ideais para o montanhismo, e boia-cross nos Rios Corumbá e das Almas.
Tombado como Patrimônio Histórico, o centro da cidade nos transporta para o passado com seus casarões coloniais do século XVIII, as igrejas e os museus, que são abertos à visitação; e as fazendas históricas, que oferecem fartos cafés rurais, cavalgadas, caminhadas, banhos e esportes nas cachoeiras.
A Rua do Lazer, como é conhecida, abriga bares e restaurantes para todos os gostos, contando também com tradicionais restaurantes, que possuem uma gastronomia própria goiana. A cidade também tem um calendário de festas tradicionais, como as Cavalhadas, o Festival Gastronômico e muitos outros, que contribuem para aumentar o fluxo de visitantes.