Em março de 2022 visitei Amsterdam pela terceira vez. Mas desta vez foi diferente. Estava determinada a explorar a capital holandesa além do óbvio, buscar lugares pouco conhecidos e entender como posso ser uma turista melhor para a cidade. Toda essa reflexão veio a partir das insatisfações com o excesso de turistas, ou overtourism, nos pontos mais centrais de Amsterdam. Além de pouco contribuírem para a movimentação econômica, muitos turistas vinham tendo comportamentos predatórios, que incomodavam os moradores e até mesmo destruíam o patrimônio público.
Amsterdam é a 5ª cidade mais visitada da Europa, chegando a receber 8.8 milhões de viajantes em 2019, de acordo com a Euromonitor International. Para resolver a questão do overtourism, a Amsterdam&Partners, fundação público-privada responsável pela promoção da cidade, vem investindo amplamente na divulgação de formas mais sustentáveis e positivas de se visitar a capital como, por exemplo, descobrindo os arredores e atrativos menos famosos e explorando Amsterdam como um local. Tentei fazer de tudo um pouco, sem abrir mão do que considerava importante, e vou dividir aqui com vocês.
Sobre Amsterdam (ou Amsterdã)
Amsterdam é maior cidade e a capital holandesa, de acordo com a Constituição dos Países Baixos, com mais de 873 mil habitantes. A cidade de Haia, distante 50 km dali, é apenas a capital administrativa, além de capital da província de South Holland.
Conhecida por seus incontáveis canais cercados por casinhas finas de tijolos, Amsterdam se consolidou como uma cidade eclética, diversa e tolerante e capital cultural para viajante nenhum colocar defeito. Antigamente, Amsterdam atraía turistas em busca da liberdade transmitida pelo acesso fácil ao sexo e às drogas. Hoje, o destino já provou que vai muito além disso e a verdade é que o famoso Red Light District passou a ser um dos pontos turísticos menos interessantes da cidade – ao menos na minha opinião.
Entre a variedade de museus, os lindos parques, as comidas deliciosas e as lojinhas irresistíveis, há que se reservar tempo também para os passeios nos arredores. Além dos subúrbios e áreas rurais de Amsterdam, existem várias cidadezinhas próximas onde é possível chegar rápido de trem e até de bicicleta.
Quanto tempo ficar em Amsterdam
Essa resposta vai depender muito de quais são as suas intenções, disponibilidade de tempo e orçamento, claro. Posso dizer que se propor a conhecer Amsterdam em dois dias, por exemplo, é impossível. Fiz isso nas minhas duas primeiras visitas e o que tive foi uma visão muito superficial. Desta vez fiquei uma semana e adoraria ter ficado duas! Ou mais! Para quem realmente não tem disponibilidade, em 4 ou 5 dias já é possível conhecer os principais atrativos e sentir a essência do lugar.
Como chegar em Amsterdã
De avião:
A KLM – Royal Dutch Airlines, opera 14 voos semanais saindo do Brasil – são voos diários e diretos, saindo de São Paulo e do Rio de Janeiro. A KLM tem investido fortemente em iniciativas para se tornar exemplo de sustentabilidade no setor de aviação. Além da redução das emissões de CO2 através do reflorestamento, a companhia também está mobilizada para a pesquisa e produção de combustível sustentável de aviação, um recurso que tem o potencial de reduzir as emissões em 75% em comparação com o querosene fóssil. Há quase 10 anos, os viajantes também são convidados a reduzir a pegada de carbono de seus voos através do programa CO2ZERO.
De trem:
Se você está vindo de qualquer outra cidade europeia, é bem possível que consiga uma boa opção de itinerário de trem. Países como França, Reino Unido, Bélgica, Alemanha e Suíça têm ótimas conexões com a capital holandesa.
Como organizar seu roteiro em Amsterdam
Entender a divisão de bairros em Amsterdam e ainda decorar os nomes é um pouco complicado. Por isso, uma boa opção é pesquisar bastante, definindo todos os atrativos e restaurantes que quer visitar e salvá-los no Google Maps. Com tudo salvo, você terá uma ideia da proximidade de cada lugar e poderá organizar por regiões. Não deixe de consultar antes os horários e dias de funcionamento de cada atrativo – principalmente os museus. Conhecer as seguintes palavras vai te ajudar bastante a se localizar e usar os transportes públicos:
- Noord = norte
- Zuid = sul
- Oosten = leste
- West = oeste
Uma dica bem interessante é baixar o aplicativo do I Amsterdam City Card. Ele reúne os mais diversos atrativos, divididos por estilos (família, alimentação, arte & cultura, alimentação, tours) e com localização no mapa, além de trazer um resumo com informações sobre cada um. Me ajudou muito a não esquecer de nenhum atrativo importante e ainda saber os dias e horários de funcionamento.
Outra informação importante para o planejamento é que, para visitar a Casa de Anne Frank, o Museu Van Gogh e o Rijksmuseum, é necessário comprar seu ticket com antecedência ou, caso opte por adquirir o I Amsterdam City Card, reservar horário previamente (dentro do aplicativo é possível fazer a reserva do dia e horário). Portanto, o ideal é começar o planejamento com as datas destes museus. O mais delicado é a Casa de Anne Frank, que recebe menos visitantes por dia e, portanto, lota mais rápido. Os outros podem ser reservados com menos antecedência. Se estiver indo na época das tulipas (entre o fim de março e meados de maio) e quer visitar o Keukenhof, é interessante também comprar o ingresso com antecedência. Se você está sem carro, recomendo comprar o combo ingresso + ônibus (https://keukenhof.nl/en/)
Finalmente, você tem a opção de agendar alguns dos seus passeios com o time do ROTA Amsterdam. Eles são brasileiros e especialistas na região. Portanto, você estará sempre acompanhado de um guia que fala português. Confira todos os passeios que eles oferecem no site.
Como se locomover em Amsterdam
Depois que você entende quais são as opções de transporte da cidade, fica super fácil de circular. Além de um ótimo sistema de transporte público, Amsterdam tem sempre as opções de se locomover a pé e de bicicleta. Os transportes que você deve usar são o tram (bondinho elétrico que circula sobre os trilhos) e o metrô. O trem funciona para visitar as cidades próximas; o ferry para atravessar para o norte de Amsterdam e o ônibus (muito eventualmente) pode ser útil para alcançar alguns locais onde o metrô e trem não acessam.
Em seguida, é importante saber se você pretende usar os transportes apenas uma vez ou várias vezes no dia. Você tem a opção de comprar o bilhete individual para uma viagem (no tram e no ônibus pode comprar direto com o motorista), mas atenção: só é possível pagar com cartão (débito ou crédito). Para quem vai utilizar o transporte com mais frequência, vale à pena adquirir o OV-Chipkaart (que funciona como um bilhete único para moradores e visitantes) ou o Amsterdam Travel Ticket. Ambos valem para metrô, tram, trem e ônibus dentro de Amsterdam e podem ser adquiridos nas estações, balcão de atendimento da GVB (a empresa municipal responsável por grande parte dos transportes) e em máquinas da GVB espalhadas pela cidade. O Amsterdam & Region Travel Ticket inclui transportes para regiões nos arredores, incluindo o Keukenhof, Zaanse Schans e o aeroporto Schiphol.
Os travel tickets podem ser comprados em versões de 24, 48, 72h ou mais e você pode usar quantas vezes quiser dentro destes dias. O cartão começa a funcionar no momento em que você passa no sensor pela primeira vez. O OV-Chipkaart é mais voltado para os moradores, mas turistas também podem usar. Vale à pena ver no site da NS International porque são várias opções de tickets. Tem até para o seu cão!
O que fazer em Amsterdam
Passeios imperdíveis em Amsterdam
Vou começar listando aqui alguns dos principais passeios em Amsterdam – aqueles que realmente não podem faltar no seu roteiro. Mas não se esqueça daquele nosso combinado de ser um viajante mais responsável e explorar também os outros cantinhos da cidade!
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Walking Tour e Bike Tour
Eu adoro começar minhas visitas nas cidades com um walking tour. Acho que eles nos dão uma ótima visão panorâmica da história do local e os guias são pessoas perfeitas para pegarmos dicas especiais! Acabei não fazendo meu walking tour por outras questões, mas recomendo o ROTA Amsterdam e seu City Tour para brasileiros (não esqueça do desconto com o código VIAJARVERDE!). Se você se vira bem com o inglês ou espanhol, há também o Free Walking Tours Amsterdam.
Outra boa opção é fazer um tour de bicicleta. Dê preferência aos tours com menos gente ou então os que vão para o campo, fora da cidade. Li em algum lugar (já não lembro mais onde!) sobre como grupos grandes de turistas bicicleta atrapalham a locomoção dos moradores, que usam muito as bikes como transportes regulares.
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Casa de Anne Frank
A famosa casa da rua Prinsengracht 263 é onde Anne Frank viveu escondida com sua família entre 1942 e 1944, antes de serem descobertos e enviados a campos de concentração pelo governo nazista alemão. O museu conta um pouco da história do holocausto na Holanda através da incrível história da família Frank e dos diários de Anne. Além de escritos originais do diário e de frases de Anne pelas paredes, encontramos objetos e fotos que pertenceram a eles. Mas a grande emoção está em entrar no Anexo Secreto – onde estão os minúsculos cômodos onde a família viveu com mais 4 pessoas durante os anos de esconderijo.
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Caminhando por Jordaan
O bairro onde está a Casa de Anne Frank é, sem dúvidas, um dos mais charmosos da cidade. Antes um bairro da classe trabalhadora, foi se transformando com a gentrificação e atraindo lojinhas e deliciosos restaurantes. Deixe um tempo para caminhar por lá sem compromisso. Se for em um sábado de manhã, não deixe de visitar o Noordermarkt e seu mercado de orgânicos. Outra coisa imperdível é provar a torta de maçã do café Winkel 43. Embora tenha se tornado um programa bastante turístico, não posso negar que ela é deliciosa! Para quem busca maquiagem e produtos de beleza naturais, vale dar uma passada na Lavendula Natuurdrogist.
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Museu Van Gogh
Um dos museus mais populares do mundo, o museu Van Gogh é uma de minhas paixões em Amsterdam, junto com a casa de Anne Frank, claro. Este não é um “museu instagramável”, então é ir lá para conhecer a história e apreciar a arte deste pintor controverso, que só foi reconhecido após sua morte. Ele fica na Museumplein (ou praça dos museus), onde estão também o Rijksmuseum, o MOCO Museum e o Stedelijk Museum. Reúne mais de 200 pinturas, 500 desenhos e 700 cartas escritas por Van Gogh. Entre os meus quadros prediletos estão os mais coloridos e famosos: Girassóis e O Quarto.
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Rijksmuseum
Este é um dos museus mais antigos da Holanda, está lá há 200 anos, tendo nascido em Haia. A coleção tem pinturas, objetos e móveis de oito séculos e reúne obras não só de grandes mestres holandeses, como Rembrandt, Vermeer e Van Gogh, mas também de outros artistas europeus e asiáticos. Este é daqueles museus para se perder dentro. Portanto, é bom pesquisar antes o que você realmente quer ver.
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Vondelpark
Por sua localização central, e muito próxima da Museumplein, o Vondelpark é o parque mais famoso e visitado da capital holandesa. Nos fins de semana de verão ele fica lotado. Amsterdammers amam a natureza, então vale à pena conhecer ao menos um parque e ver como eles gostam e aproveitá-la!
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Passeio de barco pelos canais de Amsterdam
Este é um passeio super tradicional e turístico, mas que não perde seu charme. É uma oportunidade de ver a cidade de uma outra perspectiva – a partir dos canais. Ele passa por alguns dos principais pontos turísticos e, ao longo do passeio, que dura cerca de 2h, o guia revela curiosidades sobre Amsterdam. Eu fiz o passeio com a Canal Cruises, mas todas as empresas oferecem serviços semelhantes.
Amsterdam é um paraíso dos museus e, para quem curte, há opções para todos os gostos. Entre os mais famosos, que ainda não mencionei, estão a Casa de Rembrandt, o MOCO Museum e o Stedelijk Museum of Modern Art. Mas há ainda museu das tulipas, dos queijos, da ciência e tudo mais que você puder imaginar!
Passeios diferentes em Amsterdam!
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Amsterdam Museum
Este museu foi uma grata surpresa no meu itinerário e recomendo que você comece por ele, caso tenha interesse em saber mais da história da cidade e do país. Para além dos mais de 100 mil objetos e pinturas históricas, o grande diferencial do museu são as mostras temporárias e, principalmente, a reflexão que ele faz sobre o passado colonizador holandês. Este foi o primeiro museu no mundo onde vi esse questionamento e me fez pensar bastante sobre o importante papel dos museus na desconstrução e descolonização das narrativas e da história.
Outra seção interessante aborda questões como migrações, liberdade de gênero, racismo e intolerância religiosa na cidade, trazendo fatos históricos e recentes e alertando como, ao contrário do que pensamos, Amsterdam ainda reúne muitas pessoas com pensamentos extremistas, fascistas e intolerantes.
“O discurso sobre colonialismo, diversidade, inclusão e patrimônio e tradições é defendido de diversas formas hoje. Como os museus podem contribuir para esses desenvolvimentos? Oferecer um espaço para uma conversa polivocal é uma forma. Museus também podem guardar o que está acontecendo agora para as futuras gerações.” (Amsterdam Museum)
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Norte de Amsterdam
Aos poucos, a região norte de Amsterdam vem se tornando uma mistura entre pequenas vilas residenciais, áreas verdes e espaços de inovação. Turistas normalmente tomam o ferry para atravessar o canal e visitar o Museu de Cinema da Holanda (Eye Film Museum) e o A’DAM Lookout. Mas há muito mais a ser descoberto! Recomendo subir no A’DAM Lookout caso você goste de vistas panorâmicas. Ele é gratuito com o I Amsterdam City Card e não precisa reservar horário. Mas não espere ver toda a beleza dos pequenos canais e casinhas, porque ele não está em uma região central.
O norte tem atrativos para todos os gostos e merece até mais de um dia de visita. Eu peguei o ônibus e fui até a vila de Nieuwedam, porque queria muito ver como seria um bairro essencialmente residencial. E valeu à pena. Nieuwedam é uma graça, completamente diferente do que vemos no centro de Amsterdam e encontrar um turista por ali deve ser quase impossível.
Depois segui para o De Ceuvel, um lugar que era um lixão urbano e foi transformado em um espaço de sustentabilidade. Plantas e gramas estão incumbidas de despoluir o local e escritórios de co-working ficam dentro de antigos barcos-casa. Outros barcos foram transformados em hospedagens super charmosas – o Hotel Asile Flottant. E o Café de Ceuvel, além de super agradável e 100% vegano, tem uma proposta de zero desperdício e responsabilidade social. É super interessante visitar o espaço e se dar conta de como soluções incríveis para o futuro do planeta estão nas nossas mãos.
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Museu Ons’ Lieve Heer op Solder
Descobri esse museu ouvindo um senhor pedir informações na loja do I Amsterdam, na Centraal Station. Ele dizia que, toda vez que vai à cidade, visita o atrativo. Fiquei curiosíssima. De fato, o museu, que em português se chamaria Nosso Senhor do Sótão, é uma joia escondida na capital holandesa. Uma casa tradicional do século XVII esconde uma igreja, que recebia os vizinhos católicos para as missas. O interessante é descobrir que, nesta época, várias casas holandesas passaram a abrigar igrejas. Quando a Reforma Protestante tomou a Holanda, por volta de 1530, o catolicismo foi perseguido e as igrejas católicas convertidas. A solução foi criar igrejas “clandestinas” dentro das casas. Esta é uma das poucas que restaram.
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Passeio de bicicleta pela zona rural
Os arredores de Amsterdam, embora diferentes, são tão lindos quanto a cidade e valem ser visitados. Eu agendei meu “Countryside Bike Tour” com a We Bike Amsterdam. Infelizmente, não consegui participar. Mas fica aqui minha recomendação. O roteiro, feito em grupo, acontece entre março e outubro e passa pelos campos, pequenas vilas e, claro, muitos moinhos. Tem duração de 4 horas e extensão de 30 quilômetros. Apesar da distância, o percurso não tem nenhuma subida. Avalie se você acha que está dentro do seu condicionamento físico, ou peça mais informações. O I Amsterdam recomenda também este passeio com a Yellow Bike.
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Amsterdam Castle Muiderslot
O Muiderslot fica, na verdade, a cerca de 15 km de Amsterdam. Mas é um ótimo passeio para quem gosta de castelos. Fundado em 1285, é um dos castelos mais famosos e bem preservados da Holanda. Não é um castelo grande, mas é cercado por jardins verdes e uma paisagem muito bonita. Dentro há um museu nacional, que guarda coleções de pinturas, objetos e textos.
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Cervejaria Brouwerij ‘t IJ
Entre as opções do que fazer em Amsterdam estão, é claro, as cervejarias. O passeio mais famoso fica com a fábrica da Heineken, mas, já tendo ido antes, desta vez eu não achei necessário. Fui então visitar a cervejaria Brouwerij ‘t IJ, que me foi super recomendada. Ela fica dentro de uma antiga casa de banhos e conectada com um moinho. Só o espaço já vale a visita. A Brouwerij ‘t IJ existe desde 1985 e, nos últimos anos, se tornou uma das marcas mais famosas de cervejas artesanais da Holanda.
Como ser um viajante responsável em Amsterdã?
Uma das cidades mais visitadas do mundo, chegando a receber 21 milhões de pernoites em 2019, a capital holandesa vinha lidando com os efeitos negativos do turismo de massa já bem antes da pandemia. O problema não era apenas o excesso de turistas, mas também os comportamentos predatórios e inadequados, que desrespeitavam o destino, seu patrimônio e moradores.
Durante anos, quando falávamos em Amsterdam, as pessoas logo associavam o destino ao famoso Red Light District e à disponibilidade de maconha nos “coffee shops”. Determinado a mudar essa percepção e melhorar a qualidade do turismo na cidade, o escritório de promoção do destino Amsterdam & Partners lançou campanhas e iniciativas para conscientizar os visitantes e incentivá-los a descobrir outros atrativos incríveis da cidade e região de maneira responsável.
Reuni aqui algumas dicas para sermos visitantes mais responsáveis e melhores para Amsterdam, praticando o turismo sustentável:
- Se já estiver na Europa, escolha o trem para chegar lá. Se for sair do Brasil, opte por voos com menos escalas e uma companhia aérea que investe na sustentabilidade e procure reduzir as emissões de carbono do seu voo;
- Escolha hotéis com práticas de sustentabilidade. Em Amsterdam há opções para todos os gostos e orçamentos;
- Evite pedalar em grupos grandes pela cidade para não atrapalhar os moradores em suas rotinas diárias;
- Explore os arredores de Amsterdam e lugares menos visitados;
- Respeite as profissionais que trabalham no Red Light District. Não tire fotos;
- Aproveite para beber água da torneira com sua garrafinha retornável. Amsterdam tem uma das águas de melhor qualidade no mundo!;
- Reduza ao máximo seu lixo e descarte corretamente. A cidade, em geral, tem um bom sistema de coleta e reciclagem e os moradores são obrigados a separar seu lixo. Portanto, faça o mesmo! Busque as lixeiras de reciclagem. A maioria dos supermercados também tem uma máquina para retornar garrafas de plástico. Ao inserir suas garafas, você ganha um voucher para gastar no mercado;
- Experimente um dos deliciosos restaurantes veganos.
Os atrativos de Amsterdam são bem mais interessantes do que sexo, cerveja e drogas liberadas. Tenha isso em mente!
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Onde ficar em Amsterdam:
Fiquei hospedada em quatro lugares diferentes, três hotéis e um hostel – todos com práticas sustentáveis. Sim, Amsterdam está cheia de hospedagens sustentáveis incríveis.
Vou começar indicando a vocês o Element Amsterdam, um hotel jovem, inaugurado há pouco tempo, que fica na região sul de Amsterdam. Embora ele não esteja bem no centro, está pertinho e cercado por transportes e a 6 minutos da estação de metrô. O hotel também empresta bicicletas para quem quiser aproveitar a cidade, que já é feita para ciclistas.
Os hotéis Element fazem parte da rede Marriott e têm uma proposta que alia sustentabilidade e long stays. Além disso, são pet friendly. Os quartos são amplos e têm mesa de trabalho e uma cozinha completa. Achei realmente ideal para quem vai trabalhar ou se hospedar por mais tempo. O Element Amsterdam fica integrado ao Gelderlandplein shopping e o edifício tem certificado LEED, tendo adotado várias práticas de sustentabilidade desde a sua concepção. Nos restaurantes, os menus também seguem a mesma proposta com produtos frescos, saudáveis e da região.
No dia em que cheguei fiquei hospedada no Courtyard by Marriott Amsterdam Airport. Foi super estratégico, porque ele fica bem pertinho do aeroporto e tem transfer gratuito incluído. Eu cheguei logo depois do almoço e pude aproveitar a tarde no Haarlemmermeerse Bos, um parque lindo que fica em volta do hotel. No Courtyard eles alugam bicicletas para pedalarmos pela região.
Para quem está viajando com orçamento mais apertado e busca um hostel, eu indico o Eco Mama. Ele fica bem na região central e dá para fazer bastante coisa à pé. O Eco Mama foi decorado com materiais de comércio justo, faz a separação e reciclagem do lixo, usa produtos de limpeza naturais, não trabalha com plásticos descartáveis, entre outras práticas. Além dos dormitórios hostel também oferece quartos individuais e duplos.
Finalmente, conheci também o Four Elements Hotel, inspirado nos elementos terra, fogo, vento e água. Ele é um hotel 100% sustentável e super moderno, que fica em uma região que vem se desenvolvendo muito recentemente. IJburg é formada por três ilhas artificiais e fica a uns 15 ou 20 minutos de distância do centro de tram.
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