Com trabalhadores que vêm de 14 países e culturas diferentes e falam diversas línguas, o Magdas Hotel tinha tudo para dar errado. Mas é um sucesso. O hotel boutique, localizado em Viena, na Áustria, ganhou repercussão por empregar refugiados em um país com fortes raízes nacionalistas. Mais de 20 colaboradores, que chegaram à Áustria em busca de asilo, ganharam emprego e treinamento, coisas difíceis de serem encontradas.
As fotografias dos imigrantes ficam expostas em uma parede do hotel, celebrando a diversidade. Mais do que um negócio, o Magdas Hotel se propõe a ser um serviço social. Ele é um investimento da ONG católica Caritas, e contou também com a ajuda de um financiamento coletivo. Hoje, já virou referência em boas práticas, grandes histórias e ótimos serviços.
Conhecer as histórias dos regugiados, que vêm de países como Afeganistão, Marrocos, Argélia, Síria e Guiné-Bissau, é uma oportunidade à parte para os turistas. Enquanto isso, os colaboradores ganham a chance de qualificação, com aulas de inglês, alemão, hotelaria, e salários correspondentes à indústria.
O hotel, que fica em um antigo casarão renovado que um dia já abrigou um lar de idosos, hoje tem 88 charmosos quartos e lobby decorados por estudantes da Academia de Belas Artes; espaço para reuniões e um charmoso jardim, que sempre recebe eventos. O Magdas aluga bicicletas e disponibiliza uma biblioteca para os hóspedes. No bar, a mesma diversidade cultural se traduz nos drinks, aperitivos e também na seleção musical.