por Tamara Ramos para o Travindy ES
Nos últimos meses temos visto aumentar o número de artigos e eventos com referência ao Turismo Responsável na Espanha e América Latina. Exemplo disso é o artigo recentemente publicado pelo El País: ‘El turismo responsable: una ventana que empieza a abrirse en España’, ou o festival de turismo responsável de Vilamón, em Barcelona, onde foram criadas atividades de sensibilização para os participantes e mostradas alternativas turísticas que respeitam o meio ambiente, as comunidades, as culturas e economias locais. Do outro lado do Atlântico, em Cuba, Omar López Rodríguez mencionou a necessidade de adoção do Turismo Responsável. Ao mesmo tempo, alertava sobre a necessidade de se evitar, a todo custo, o turismo irresponsável devido à “alteração do modo de vida das comunidades, as alterações no patrimônio cultural e natural e o desequilíbrio no uso do solo”.
Esta tendência sobre a adoção do termo Turismo Responsável também tem aparecido em administrações públicas e associações turísticas, como por exemplo com a apresentação em Madri em 19 de setembro de 2016 da iniciativa ‘Turismo Responsable: un compromiso de todos‘. Durante esse evento, 13 empresas espanholas se uniram à Red Española de Pacto Mundial e à Organização Mundial do Turismo para fomentar a responsabilidade social no setor turístico e expor boas práticas através da rede turismoyods.org. A hashtag para o Twitter foi #turismosostenible, que propiciou um debate sobre a polêmica tendência de se confundir o turismo responsável com o turismo sustentável.
Então o que é o Turismo Responsável, perguntarias. O catedrático emérito da Manchester Metropolitan University, Harold Goodwin, o simplifica perfeitamente com a seguinte frase: “criar melhores lugares para as comunidades locais mas também para as pessoas que os visitam”. O Turismo Responsável tem foco em nível local e tenta envolver todos os atores que compõem a atividade turística, que vão desde governos locais, negócios locais ou associações de vizinhos, até inclusive os próprios turistas para que assumam sua própria responsabilidade sobre os impactos que geram nos destinos que visitam. Todos devemso assumir nossa responsabilidade social, meioambiental e econômica. Isso não quer dizer que o Turismo Responsável seja sempre sustentável, já que há variáveis associadas à viagem, como por exemplo a viagem de avião, cujas emissões não são nem um pouco sustentáveis com a quantidade de voos diários existentes.
O Turismo Sustentável se baseia nos pilares da sustentabilidade, tentando minimizar uma larga lista de impactos ambientais, sociais e econômicos. Porém, estes impactos não têm a mesma prioridade segundo o país ou destino local; o problema de gestão da água, por exemplo, não é o mesmo em uma ilha do que em um deserto. O Turismo Sustentável engloba um termo mais amplo e talvez mais efêmero, já que tenta satisfazer as necessidades globais das gerações presentes, sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Para resumir, o Turismo Responsável é o caminho e o Turismo Sustentável é a meta.
Para começar celebrando o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento #IY2017, na próxima quarta-feira, 4 de janeiro, esperamos vocês às 18h30 CET (15h30 no Brasil) no Twitter do Travindy (@Travindy_ES) com a hashtag #TRchat, onde criaremos o primeiro twitter chat em espanhol sobre Turismo Responsável para reunir a todos os profissionais e pessoas interessadas em debater sobre o que consideramos como Turismo Responsável – Turismo Sustentável, e trazer exemplos de boas práticas, projetos e informação geral sobre ambos.
Confira a matéria original em: https://www.travindy.com/es/2016/12/unete-al-debate-turismo-sostenible-turismo-responsable-el-4-de-enero-en-trchat/