O ranking “Women’s Danger Index” (Índice de Perigo para as Mulheres), publicado no início de julho pelo blog Asher & Lyric identificou os países mais perigosos para mulheres que viajam sozinhas, considerando 50 dos países que mais recebem turistas internacionais. A África do Sul foi considerada o país mais inseguro, com 771.82 pontos, e o Brasil ficou em segundo lugar, com 624.28.
O ranking desenvolvido pelo casal que comanda o blog utilizou 8 fatores, dando mais peso aos índices de “Segurança para caminhar na rua à noite” e “Intenção de homicídios para mulheres”, dois quesitos em que o Brasil ficou mais do que mal posicionado. De acordo com o Atlas da Violência, divulgado em 2017, sabe-se que 13 mulheres morrem por dia no Brasil – 66% delas são negras. Os outros itens considerados na pesquisa foram: “Violência sexual por não-parceiros”; “Violência sexual por parceiros”; “Discriminação legal”; “Diferença de gênero”; “Desigualdade de gênero”; e “Violência contra atitudes femininas”.
Em terceiro, quarto e quinto lugar vieram, respectivamente, a Rússia, o México e o Irã. A Espanha foi listada como o país mais seguro para as viajantes, seguida por Singapura, Irlanda, Áustria e Suíça. O ranking considerou dados de organizações e pesquisas internacionais consolidadas, como a ONU Mulheres, o Fórum Econômico Mundial e a Organização Mundial do Turismo. Nenhum país conquistou nota máxima (A) em nenhum quesito.
Asher e Lyric, organizadores da pesquisa, explicaram que “para medir a segurança no exterior, não se deve analisar apenas dados sobre segurança nas ruas, estupro ou violência. Depende também da atitude geral da cultura, das minúcias do sistema legal e da opressão sistemática às mulheres locais. Esses problemas podem afetar tudo, desde se conseguir um táxi com facilidade, até a sua voz ser ouvida em uma conversa ou a necessidade de uma escolta masculina para sua segurança pessoal. Alguns itens da nossa lista, como atitudes em relação à violência do parceiro, podem não afetar diretamente as mulheres que viajam sozinhas, mas esses fatores são uma boa indicação das atitudes gerais dentro daquela cultura”.
Confira os dados do Índice de Perigo para as Mulheres:
Researched and developed by Asher & Lyric Fergusson
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