O Brasil tem potencial para ser o maior destino de turismo de aventura do mundo e o setor pode gerar inclusão social, emprego e renda. É o que garante a ABETA – Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura, que há onze anos vem engajando e qualificando empresas e profissionais do setor com o objetivo de fazer do país o destino preferencial de milhares de aventureiros que rodam o mundo anualmente em busca de ar puro, natureza, adrenalina e paisagens deslumbrantes. O desafio não é fácil. “Mas acreditamos que é possível”, aposta Evandro Schütz, presidente da Associação.
Capacitação, práticas sustentáveis, associativismo, certificação e diálogos com todos os públicos têm sido os caminhos encontrados pela ABETA e pelo setor para dar grandes passos nessa trilha. Hoje o Brasil é um dos pioneiros na aprovação de normas técnicas, duas delas ISO internacionais, para o turismo de aventura. De acordo com a Associação, já são mais de 2000 empresas formais especializadas e mais de 5 milhões de turistas por ano circulando pelo Brasil para as práticas de ecoturismo ou aventura. Hoje 25 atividades de aventura são reconhecidas no país pelo Ministério do Turismo, todas com potencial para crescimento e alta procura em todas as regiões. Os destaques ficam para as atividades de caminhada, rafting, verticais (rapel, escalada, tirolesa, arvorismo) e as ligadas ao vento (kitesurf, windsurf, voo livre).
Turismo de aventura ainda pode se desenvolver
Em um país tão grande e tão rico, porém, ainda há muito espaço para crescer, desenvolver e, principalmente, tornar o setor mais seguro, legal e sustentável. “Temos muito a fazer e gerar condições para que este segmento possa ser aquilo que desejamos. A começar pela nossa própria cultura. Mas também é necessário que, como nação, compreendamos que é necessária uma melhoria significativa em nossa infraestrutura turística e a ampliação acentuada da promoção como destino deste segmento em nível nacional (mercado interno) e internacional (mercado externo)”, comenta Schütz, lembrando que tudo no Brasil ainda é muito novo em termos de turismo.
Em um dos setores que talvez mais dependam da conservação do meio ambiente e das práticas sustentáveis, o discurso da sustentabilidade parece caminhar bem mais próximo do que nos outros segmentos do turismo. A prática nem sempre. “Há uma cultura e visão sobre sustentabilidade inerente ao setor, mas é lógico que não podemos afirmar que o empresariado brasileiro deste segmento age em sua totalidade de acordo com o que se espera. Também acreditamos que o consumidor tem papel fundamental para que cada vez mais tenhamos a mentalidade de buscar produtos e serviços sustentáveis. A ABETA tem feito seu papel desde sua fundação e continuará fomentando isso. Precisamos muito que as questões de sustentabilidade e planejamento sejam práticas de sociedade e não apenas de um segmento específico”, revela o presidente, contando que sustentabilidade e segurança estão entre as principais questões trabalhadas pela Associação.
Com mais de 140 empresas associadas em 22 estados do país, incluindo agências, operadoras e meios de hospedagem, a ABETA vem atuando para defender os interesses do setor de ecoturismo e aventura como um todo. Os associados participam ativamente de decisões, eventos, elaboração de manuais e normas práticas, cursos de qualificação e conversas junto ao governo e ao empresariado. Evandro lembra que os planos da ABETA são “ousados, mas assertivos: vamos conduzir o ecoturismo e o turismo de aventura a um patamar de reconhecimento capaz de gerar divisas à toda a sociedade de forma sustentável, organizada, prazerosa e segura”.
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A Abeta realmente nos representa e seu presidente sintetiza aqui, de forma brilhante, a missão da associação pautada principalmente na sustentabilidade e segurança das atividade ao ar livre.