atualizado em janeiro de 2021
Quando pensamos no Rio de Janeiro, lembramos sempre das incríveis praias e as atividades na natureza. Esquecemos que, para além do sol, dos esportes e do ecoturismo, o Rio também é uma cidade que reúne muita cultura, música e história. Museus no Rio de Janeiro não faltam: dos mais modernos e improváveis, como o Museu do Amanhã, aos mais charmosos, como o Instituto Moreira Salles.
Entre os com programação intensa e que sempre trazem mostras atuais estão o MAM – Museu de Arte Moderna, que também reúne um dos mais importantes acervos de arte moderna da América Latina, e o Centro Cultural Banco do Brasil, no Centro da cidade. Mas se você é fã de história e gosta de conhecê-la pelos mais diferentes pontos de vista, aqui está uma lista especial para você. Embora um dos mais importantes acervos da cidade, o do Museu Nacional, que pegou fogo em 2018, só deva voltar a abrir para o público em 2022, há muitas outras opções para você visitar.
Listei aqui 8 museus no Rio de Janeiro que reúnem importantes aspectos e momentos da nossa cultura e história e merecem ser visitados. Confira:
1. Museu Histórico Nacional, Centro
O Museu Histórico Nacional, localizado no centro do Rio de Janeiro, é um dos mais importantes museus de história do país, reunindo um acervo com cerca de 258 mil itens, entre objetos, documentos e livros. Ele ocupa uma área de 9.000m² em uma região que também tem importância histórica. Com localização estratégica para defesa da Baía de Guanabara e da própria cidade, o local onde hoje está o museu já foi a Fortaleza de Santiago, construída pelos portugueses em 1603; a Prisão do Calabouço (1693), destinada ao castigo de escravos; a Casa do Trem (1762); o Arsenal de Guerra (1764) e o Quartel para abrigar as tropas militares (1835).
Hoje, o Museu Histórico Nacional abriga galerias de exposições de longa duração e temporárias, além da biblioteca especializada em história do Brasil, história da arte, museologia e moda, e do Arquivo Histórico, com importantes documentos manuscritos, aquarelas, ilustrações e fotografias.
Importante: o Museu Histórico Nacional está fechado para visitação durante a pandemia de Coronavírus, mas tem promovido eventos em seus canais online. YouTube; outros canais
2. MAR – Museu de Arte do Rio de Janeiro, Centro
Inaugurado em 1º de março de 2013, o Museu de Arte do Rio promove uma leitura transversal da história da cidade, seu tecido social, sua vida simbólica, conflitos, contradições, desafios e expectativas sociais. Suas exposições unem dimensões históricas e contemporâneas da arte por meio de mostras de longa e curta duração, de âmbito nacional e internacional. O museu surge também com a missão de inscrever a arte no ensino público, por meio de sua Escola do Olhar.
O MAR está localizado na Praça Mauá, em dois prédios de perfis heterogêneos e interligados: o Palacete Dom João VI, tombado e eclético, que abriga as salas de exposição, e o edifício vizinho, de estilo modernista – originalmente um terminal rodoviário – onde a Escola do Olhar está instalada.
Com sua própria coleção – em processo de formação por meio de aquisições e doações correspondentes à sua agenda – o MAR conta também com empréstimos de obras de algumas das melhores coleções públicas e privadas do Brasil para a execução de seu programa.
3. Museu do Índio, Botafogo
Vinculado à Fundação Nacional do Índio (Funai), o Museu do Índio tem como missão a preservação, a pesquisa e a difusão do patrimônio cultural dos 270 grupos indígenas que vivem hoje no Brasil. O museu busca contribuir para a conscientização sobre a contemporaneidade e a importância das culturas indígenas. A instituição tem sob sua guarda acervos relativos à maioria das sociedades indígenas. São 19.918 objetos contemporâneos e mais de 15 mil publicações nacionais e estrangeiras, especializadas em etnologia e áreas afins. Além de 833.221 registros textuais, que datam de a partir do século XIX, há uma ampla e diversificada documentação audiovisual que abrange fotos, vídeos e áudios.
Importante: o Museu do Índio está fechado para visitação durante a pandemia de Coronavírus, mas tem promovido eventos e mostras online, além de ter inaugurado seu acervo digital
4. Museu Casa do Pontal, Barra da Tijuca
O Museu Casa do Pontal busca a valorização da arte popular brasileira e é o mais representativo do gênero no país. Após quase fechar permanentemente durante a pandemia de Covid, o museu, que reúne mais de nove mil obras de 300 artistas brasileiros, conseguiu se reestruturar a partir de um financiamento coletivo e apoio de diversos amigos e voluntários. Finalmente, está se mudando da antiga sede no bairro do Recreio dos Bandeirantes para a nova, na Barra da Tijuca. A proposta é reabrir as portas ainda em 2021.
O Museu Casa do Pontal é uma instituição privada com fins públicos, resultado de um projeto de vida empreendido pelo designer francês Jacques Van de Beuque, que se encantou com a produção artística brasileira de origem popular e iniciou sua coleção movido pelo gosto pessoal. Durante mais de 40 anos, visitou vilas e povoados e estabeleceu amizades com muitos artistas. Em 1991, parte do acervo foi tombada, como uma referência cultural da cidade do Rio de Janeiro e do Brasil.
Importante: o Museu Casa do Pontal está em obras para a construção da nova sede. Enquanto isso, estão promovendo uma campanha de financiamento coletivo para fazer o novo jardim do museu com o reflorestamento de 10.000 m2 de área verde
5. Museu Nacional de Belas Artes, Centro
O Museu Nacional de Belas Artes – MNBA, criado durante o governo do presidente Getúlio Vargas, é uma das instituições museológicas mais importantes do país dedicada à conservação e divulgação de obras representativas da produção artística brasileira, dos séculos XIX e XX, e seu diálogo com a tradição artística das escolas estrangeiras. O acervo do MNBA originou-se das coleções que pertenciam à Escola Nacional de Belas Artes – Enba, que ocupava o prédio junto com o museu até 1975. Hoje, seu acervo é constituído por mais de 70 mil itens representativos de vários períodos da história da arte e da contemporaneidade.
Importante: o Museu Nacional de Belas Artes está fechado para visitação durante a pandemia de Coronavírus, mas tem promovido eventos em seus canais online. Facebook, Instagram
6. Museu do Folclore, Catete
O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) é a única instituição pública federal que desenvolve e executa programas e projetos de estudo, pesquisa, documentação, difusão e fomento de expressões dos saberes e fazeres do povo brasileiro. Suas atividades produziram um acervo museológico de aproximadamente 17 mil objetos, 130 mil documentos bibliográficos e cerca de 70 mil documentos audiovisuais. O CNFCP está instalado no conjunto arquitetônico do Catete, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e é um dos museus no Rio de Janeiro que reúne a mais incrível e diversa coletânea da nossa cultura.
7. Paço Imperial, Centro
O Paço Imperial, é o principal patrimônio do Centro Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/ Ministério da Cultura (Iphan/MinC), é um dos museus no Rio de Janeiro onde a memória da histórica e cultural da cidade dialogam com a contemporaneidade por meio de exposições de arte nacionais e internacionais e outras atividades. Sua inauguração, em 1985, foi um presente para a cidade, que teve de volta um de seus mais representativos edifícios civis coloniais, construído em 1743, em frente ao antigo porto de chegada à cidade, hoje Praça Quinze de Novembro.
8. Memorial dos Pretos Novos, Gamboa
O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) foi criado em 13 de maio de 2005, com a missão de pesquisar, estudar, investigar e preservar o patrimônio material e imaterial africano e afrobrasileiro, cuja conservação e proteção seja de interesse público, com ênfase ao sítio histórico e arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos, sobretudo com a finalidade de valorizar a memória e identidade cultural brasileira em Diáspora. As ações continuadas de investigações arqueológicas e pesquisas, manutenção do acervo e atividades educativas realizadas pelo IPN, geram conhecimento que promovem a reflexão sobre a escravidão e suas sequelas para os princípios de igualdade racial no Brasil.
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